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Primeiro Capítulo: "O Conde de Monte Cristo" de Alexandre Dumas

Primeiro Capítulo: O Conde de Monte Cristo

Capítulo I

O Conde de Monte Cristo Texto Integral
1238 páginas

ISBN:
978-85-66798-15-9


Preço: R$ 5,99

Em 24 de Fevereiro de 1815, o vigia de Nossa Senhora da Guarda assinalou o três mastros Pharaon, vindo de Esmirna, Trieste e Nápoles.

Como de costume, um piloto costeiro largou imediatamente do porto, passou rente ao Castelo de If e abordou o navio entre o cabo de Morgion e a ilha de Rion.

Também como de costume, a plataforma do Forte de S. João encheu-se imediatamente de curiosos. Porque em Marselha a chegada de um navio era sempre um grande acontecimento, sobretudo quando esse navio, como no caso do Pharaon, fora construído, aparelhado e estivado nos estaleiros da velha Phocée e pertencia a um armador da cidade.

Entretanto, o navio aproximava-se. Transpusera sem dificuldade o estreito que alguma erupção vulcânica abrira entre a ilha de Calasareigne e a ilha de Jaros, deixara para trás Pomêgue e avançava com os seus três mastros, a sua bojarrona e a sua bergantina, mas tão devagar e com um ar tão triste que os curiosos, com esse instinto que pressente a desgraça, perguntavam a si mesmos que acidente teria acontecido a bordo. No entanto, os entendidos em navegação reconheciam que, se houvera algum acidente, não se dera com o próprio navio, pois este aproximava-se com todas as condições de um navio perfeitamente governado, a âncora prestes a ser largada e os cabos gurupés soltos; e junto do piloto, que se preparava para dirigir o Pharaon através da entrada estreita do porto de Marselha, encontrava-se um jovem desembaraçado e de olhar atento, que vigiava cada movimento do navio e repetia cada ordem do piloto.

A vaga inquietação que pairava sobre a multidão atingira especialmente um dos espectadores da esplanada de S. João, e de tal modo que não lhe permitiu esperar a entrada do navio no porto. Saltou para um barquinho e mandou remar ao encontro do Pharaon, que alcançou defronte da enseada da Reserve.

Ao ver aproximar-se aquele homem, o jovem marinheiro deixou o seu lugar ao pé do piloto e, de chapéu na mão, encostou-se à amurada do navio.

Era um rapaz de dezoito a vinte anos, alto, esbelto, de belos olhos negros e cabelo cor de ébano. Havia em toda a sua pessoa esse ar calmo e resoluto característico dos homens habituados desde a infância a enfrentar o perigo.

— Ah, é você, Dantés! — gritou o homem do barco. — Que aconteceu, a que se deve esse ar de tristeza que paira a bordo?

— Uma grande desgraça, Sr. Morrel! — respondeu o jovem. — Uma grande desgraça, sobretudo para mim. Por alturas de Civita-Vecchia perdemos o nosso querido comandante Leclére.

— E a carga? — perguntou vivamente o armador?

— Chegou a bom porto, Sr. Morrel, e creio que a esse respeito ficará contente; mas o pobre comandante Leclére...

— Que lhe aconteceu? — perguntou o armador com ar visivelmente aliviado. — Que aconteceu a esse digno comandante?

— Morreu.

— Caiu ao mar?

— Não, senhor. Morreu de febre cerebral, no meio de horríveis sofrimentos.

Depois, virando-se para os seus homens:

— Olá, eh! — gritou. — Todos a postos para a ancoragem!

A tripulação obedeceu. Ato contínuo, os oito ou dez marinheiros que a compunham correram uns para as escotas, outros para os braços, outros para as adriças, outros para os cutelos e finalmente outros para as carregadeiras das velas.

O jovem marinheiro deitou um olhar breve ao começo da manobra e, vendo que as suas ordens estavam sendo executadas, tornou a virar-se para o seu interlocutor.

— E como aconteceu essa desgraça? — continuou o armador, retomando o diálogo no ponto em que o jovem marinheiro o deixara.

— Meu Deus, senhor, da forma mais imprevista! Depois de uma longa conversa com o comandante do porto, o comandante Leclére deixou Nápoles muito agitado; passadas vinte e quatro horas a febre atacou-o; três dias depois estava morto... Fizemos-lhe o funeral do costume e repousa, decentemente embrulhado no pano de uma maca, com um pelouro de trinta e seis aos pés e outro à cabeça, por alturas da ilha de El Giglio. Trazemos, para entregar à viúva, a sua Cruz de Honra e a sua espada. Valia bem a pena — continuou o jovem, — com um sorriso melancólico — andar dez anos guerreando com os Ingleses para no fim morrer na cama como toda a gente.

— Pois sim, mas que quer, Sr. Edmond — prosseguiu o armador, que parecia cada vez mais conformado —, somos todos mortais e é preciso que os mais velhos deem lugar aos novos. Sem isso não haveria progresso; e uma vez que me garante que a carga...

— ...está em bom estado, Sr. Morrel, asseguro-lhe. Aconselho-o a não negociar esta viagem com menos de 25.000 francos de lucro.

Depois, como acabassem de ultrapassar a torre redonda:

— Preparar para colher as velas da gávea, o cutelo e a bergantina! — gritou o jovem marinheiro. — Vamos!

A ordem foi executada quase com tanta rapidez como num navio de guerra.

— Amainar e colher tudo!

À última ordem todas as velas desceram e o navio avançou quase insensivelmente, impelido apenas pelo impulso que trazia.

— E agora se quiser subir, Sr. Morrel — disse Dantés ao ver a impaciência do armador —, aqui tem o seu guarda-livros, Sr. Danglars, que sai do seu camarote e que lhe dará todas as informações que desejar. Quanto a mim, tenho de vigiar a ancoragem e de pôr o navio de luto.

O armador não esperou que lho dissessem duas vezes. Agarrou o cabo que lhe deitou Dantés e, com uma destreza que faria inveja a um homem do mar, subiu os degraus fixados no bojo do navio, enquanto o jovem, reassumindo o seu lugar de imediato, cedia a palavra àquele que anunciara sob o nome de Danglars e que, saindo do seu camarote, avançava efetivamente ao encontro do armador.

O recém-chegado era um homem de vinte e cinco a vinte e seis anos, de expressão bastante sombria, obsequioso para com os superiores e insolente para com os subordinados. Por isso, além do cargo de guarda-livros, sempre motivo de repulsa para os marinheiros, era geralmente tão malvisto pela tripulação quanto, pelo contrário, Edmond Dantés era estimado.

— Então, Sr. Morrel — disse Danglars —, já sabe a desgraça que nos aconteceu, não é verdade?

— Sei, sei. Pobre comandante Leclére! Era um excelente e digno homem!

— E um bom marinheiro, sobretudo, envelhecido entre o céu e o mar, como convém a um homem encarregado dos interesses de uma casa tão importante como a casa Morrel e Filhos — respondeu Danglars.

— Mas — disse o armador, seguindo com a vista Dantés, que procurava o seu ancoradouro —, mas parece-me que não é necessário ser tão velho marinheiro como você diz, Danglars, para um homem saber do seu ofício. Aí está o nosso amigo Edmond que me parece saber do seu como um homem que não necessita de pedir conselhos a ninguém.

— Sim — perguntou Danglars, deitando a Dantés um olhar oblíquo onde brilhou um relâmpago de ódio —, sim, é novo e por isso julga-se capaz de tudo. Mal o comandante morreu assumiu o comando sem consultar ninguém e fez-nos perder dia e meio na ilha de Elba, em vez de rumar diretamente para Marselha.

— Quanto a tomar o comando do navio — disse o armador — era o seu dever como imediato; quanto a perder dia e meio na ilha de Elba fez mal; a menos que o navio tenha tido necessidade de reparar alguma avaria.

— O navio estava tão bem como eu estou e como desejo que esteja o Sr. Morrel. Esse dia e meio foi perdido por puro capricho, pelo prazer de ir a terra e mais nada.

— Dantés — disse o armador virando-se para o rapaz —, chegue aqui.

— Perdão, senhor — respondeu Dantés —, irei dentro de um instante.

Depois, dirigindo-se à tripulação:

— Ancorar!

A âncora caiu imediatamente e a corrente deslizou com ruído. Apesar da presença do piloto, Dantés manteve-se no seu posto até esta última manobra estar concluída. Depois:

— Descer a flâmula a meio mastro, pôr a bandeira a meia haste e cruzar as vergas!

— Como vê — disse Danglars —, já se julga comandante, como acabo de lhe dizer.

— E o é de fato — perguntou o armador.

— Sim, caso tenha o seu acordo e o do seu sócio, Sr. Morrel.

— E porque lhe não daríamos o lugar? — replicou o armador. — É novo, bem sei, mas parece-me capaz de desempenhar perfeitamente o cargo.

Passou uma nuvem pela testa de Danglars.

— Perdão, Sr. Morrel — disse Dantés, aproximando-se. — Agora que o navio já está ancorado, estou às suas ordens. Chamou-me, não é verdade?

Danglars deu um passo atrás.

— Queria perguntar-lhe por que motivo se detiveram na ilha de Elba — respondeu Morrel.

— Ignoro-o, senhor. Cumpri apenas a última ordem do comandante Leclére, que ao morrer me entregou um pacote para o grande marechal Bertrand.

— Viu-o, portanto, Edmond?

— Quem?

— O grande marechal.

— Vi.

Morrel olhou à sua volta e puxou Dantés à parte.

— E como está o imperador? — perguntou vivamente.

— Bem, tanto quanto me foi dado julgar pelos meus olhos.

— Quer dizer que também viu o imperador?

— Entrou em casa do marechal quando me encontrava lá.

— E você falou-lhe?

— Bom, quem me falou foi ele, senhor — respondeu Dantés, sorrindo.

— E que lhe disse?

— Interrogou-me acerca do navio, de quando partia para Marselha, da rota seguida e da carga que transportava. Creio que se estivesse vazio e fosse meu a sua intenção seria comprá-lo. Mas disse-lhe que não passava de um simples imediato e que o navio pertencia à casa Morrel e Filhos. "Ah! Ah!, conheço-a!", exclamou. "Os Morrels são armadores de pais para filhos e houve um Morrel que serviu no mesmo regimento que eu quando estive de guarnição em Valence."

— Por Deus, é verdade! — exclamou o armador, contentíssimo. — Era Policar Morrel, meu tio, que foi capitão. Dantés, se disser ao meu tio que o imperador se lembrou dele, verá como o velho resmungão desata a chorar. Pronto, pronto — prosseguiu o armador, batendo amistosamente no ombro do rapaz —, fez bem, Dantés, em seguir as instruções do comandante Leclére e escalar a ilha de Elba, embora se se soubesse que entregou um pacote, ao marechal e conversou com o imperador, isso o pudesse comprometer.

— Em que quer o senhor que isso me comprometa — redarguiu Dantes — se nem sequer sei o que continha o pacote e o imperador só me interrogou acerca de coisas que perguntaria ao primeiro que lhe aparecesse? Mas, perdão — prosseguiu Dantés —, aí estão a sanidade e a alfândega. Dá-me licença, não é verdade?

— Claro, claro, meu caro Dantés.

O jovem afastou-se e, como ele se afastasse, Danglars tomou a aproximar-se.

— Então, parece que lhe deu boas razões acerca da sua escala em Porto Ferraio...

— Excelentes, meu caro Sr. Danglars.

— Ah, tanto melhor! — exclamou este. — Porque é sempre desagradável ver um companheiro não cumprir o seu dever.

— Dantés cumpriu o seu — respondeu o armador — e não há nada a dizer.

— A propósito do comandante Leclére, não lhe entregou uma carta dele?

— Quem?

— Dantés.

— A mim, não! Quer dizer que havia uma carta?

— Julgava que, além do pacote, o comandante Leclére lhe confiara uma carta.

— De que pacote fala, Danglars?

— Daquele que Dantés entregou ao passar por Porto Ferraio.

— Como sabe que tinha de entregar um pacote em Porto Ferraio?

Danglars corou.

— Passava diante da porta do comandante, que estava entreaberta, e vi-o entregar o pacote e a carta a Dantés.

— Não me disse nada a esse respeito — redarguiu o armador mas se tem essa carta entregar-me-á.

Danglars refletiu um instante.

— Nesse caso, Sr. Morrel, peço-lhe que não diga nada disto a Dantés. Provavelmente, enganei-me

Neste momento o jovem regressava. Danglars afastou-se.

— Então, meu caro Dantés, já está livre? — perguntou o armador.

— Estou, sim, senhor.

— Não demorou muito tempo.

— Pois não. Entreguei aos funcionários da Alfândega a lista das nossas mercadorias, e quanto à sanidade mandara com o piloto um homem a quem entreguei os nossos documentos.

— Então já não tem mais nada que fazer aqui?

Dantés deitou um olhar rápido à sua volta.

— Não, está tudo em ordem — respondeu.

— Nesse caso, pode vir jantar conosco?

— Desculpe-me, Sr. Morrel, desculpe-me, peço-lhe, mas devo a minha primeira visita a meu pai. Mas nem por isso fico menos reconhecido pela honra que me concede.

— É justo, Dantés, é justo. Sei que é um bom filho.

— E... sabe se ele está bem... o meu pai? — perguntou Dantés, com certa hesitação.

— Creio que sim, meu caro Edmond, embora o não tenha visto.

— Sim, gosta de estar fechado no seu quartinho.

— O que prova, pelo menos, que não lhe faltou nada durante a sua ausência.

Dantés sorriu.

— Meu pai é orgulhoso, senhor. Mesmo que lhe faltasse tudo duvido que pedisse qualquer coisa a quem quer que fosse no mundo, exceto a Deus.

— Bom, depois dessa primeira visita contamos consigo.

— Desculpe-me novamente, Sr. Morrel, mas depois desta primeira visita tenho uma segunda que me não é menos grata ao coração.

— Ah, é verdade, Dantés? Esquecia-me de que há nos Catalães alguém que o deve esperar com não menos impaciência do que o seu pai: a bela Mercedes.

Dantés sorriu.

— Ah, ah! — exclamou o armador. — Agora já me não admira que ela tenha vindo três vezes pedir-me notícias do Pharaon. Apre, Edmond, escusa de se queixar, tem ali uma bonita amante!

— Não é minha amante, senhor — observou gravemente o jovem marinheiro —, é minha noiva.

— É tudo a mesma coisa — comentou o armador, rindo.

— Mas não para nós, senhor — respondeu Dantés.

— Pronto, pronto, meu caro Edmond — prosseguiu o armador — não o retenho mais. Cuidou tão bem dos meus negócios que merece que lhe dê todo o tempo de que precisar para tratar dos seus. Precisa de dinheiro?

— Não, senhor. Tenho todos os meus vencimentos de viagem, isto é, perto de três meses de soldo.

— Você é um rapaz ajuizado, Edmond.

— Acrescente que tenho um pai pobre, Sr. Morrel.

— Sim, sim, sei que é um bom filho. Pronto, vá ver o seu pai. Também tenho um filho e levaria muito a mal a quem, depois de uma viagem de três meses, o retivesse longe de mim.

— Nesse caso, se me dá licença... — disse o jovem cumprimentando.

— Dou, se não tem mais nada a dizer-me.

— Não.

— O comandante Leclére não lhe deu, ao morrer, uma carta para mim?

— Foi-lhe impossível escrever, senhor. Mas isso recorda-me que desejo pedir-lhe quinze dias de licença.

— Para se casar?

— Primeiro; depois para ir a Paris.

— Pois sim, pois sim, tome o tempo que quiser, Dantés. Levaremos bem seis semanas a descarregar o navio e não voltaremos ao mar antes de três meses... Mas daqui a três meses tem de estar de volta. O Pharaon — continuou o armador, batendo no ombro do jovem marinheiro — não poderia partir sem o seu comandante.

— Sem o seu comandante! — exclamou Dantés, com os olhos brilhantes de alegria. — Veja bem o que diz, senhor, pois acaba de corresponder às mais secretas esperanças do meu coração. Será sua intenção nomear-me comandante do Pharaon?

— Se fosse sozinho, lhe estenderia a mão, meu caro Dantés, e lhe diria: "Está feito." Mas tenho um sócio e você conhece o provérbio italiano: "Che a compàgno a padrône." Mas pelo menos metade do caminho está andado, porque de dois votos já pode contar com um. Confie em mim para obter o outro.

— Oh, Sr. Morrel! — exclamou o jovem marinheiro com as lágrimas nos olhos, pegando nas mãos do armador. — Agradeço-lhe, Sr. Morrel, em nome de meu pai e de Mercedes.

— Está bem, está bem, Edmond. Há um Deus no Céu para as pessoas dignas, que diabo! Vá ver o seu pai, vá ver Mercedes e procure-me depois.

— Não quer que o leve a terra?

— Não, obrigado. Ficarei a tratar das minhas contas com Danglars. Ficou satisfeito com ele durante a viagem?

— Conforme o sentido que dê à pergunta, senhor. Se é como bom camarada, não, pois parece-me que não gosta de mim desde o dia em que cometi a tolice, depois de uma pequena discussão que tivemos, de lhe propor que nos detivéssemos dez minutos na ilha de Monte-Cristo para resolvermos a questão, proposta que não andei bem em fazer-lhe e que ele teve razão em recusar. Se é a respeito do guarda-livros que me faz a pergunta, creio não haver nada a dizer e que ter motivos para se sentir satisfeito com a forma como ele se desempenha da sua tarefa.

— Mas... Vejamos, Dantés, se fosse comandante do Pharaon conservaria Danglars com prazer? — perguntou o armador.

— Comandante ou imediato, Sr. Morrel — respondeu Dantés terei sempre a maior consideração por aqueles que possuírem a confiança dos meus armadores.

— Está bem, está bem, Dantés, vejo que é um excelente rapaz sob todos os aspectos. Não o rebento mais; vá, pois bem vejo que está sobre brasas.

— Posso contar com a minha licença? — perguntou Dantés.

— Pois sim.

— Permite-me que me sirva do seu barco?

— À vontade.

— Adeus, Sr. Morrel, e mil vezes obrigado.

— Adeus, meu caro Edmond, felicidades!

O jovem marinheiro saltou para o barco, sentou-se à popa e mandou seguir para a Cannebiére. Dois marinheiros inclinaram-se imediatamente sobre os remos e a embarcação deslizou tão rapidamente quanto possível por entre os numerosos barcos que obstruíam a espécie de rua estreita que conduzia, através de duas filas de navios, da entrada do porto ao cais de Orleãs.

O armador seguiu-o com a vista sorrindo, até Dantés alcançar a muralha, saltar para as lajes do cais e desaparecer imediatamente no meio da multidão variegada que das cinco da manhã às nove da noite enche a famosa Rua da Cannebiére, de que tanto se orgulham os fócios modernos, os quais dizem com a maior seriedade do mundo e com a pronúncia que dá tanto caráter às suas palavras: "Se Paris tivesse a Cannebiére seria uma pequena Marselha."

Ao virar-se, o armador viu atrás de si Danglars, que aparentemente parecia esperar as suas ordens, mas que na realidade seguia também com a vista o jovem marinheiro.

Simplesmente, havia uma grande diferença na expressão do duplo olhar que seguia o mesmo homem.

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